quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

momentos e contextos . “unheimlicheit”

não podemos jamais ir pra casa, voltar à cena primária enquanto momento esquecido de nossos começos de “autenticidade”, pois há sempre algo no meio. não podemos retornar a uma unidade passada, pois só podemos conhecer o passado, a memória, o inconsciente, através de seus efeitos, isto é, quando este é trazido para dentro da linguagem, e de lá embarcamos numa (interminável) viagem. diante da “floresta de signos” (baudelaire), nos encontramos sempre na encruzilhada, com nossas histórias e memórias (as “relíquias secularizadas”, como bejamin, o colecionador, as descreve) ao mesmo tempo em que esquadrinhamos a constelação cheia de tensão que se estende diante de nós, buscando a linguagem, o estilo, que vai dominar o movimento e dar-lhe forma. talvez seja mais uma questão de buscar estar em casa aqui, no único momento e contexto que temos… apuds. Chambers. Hall.