quinta-feira, 4 de março de 2010

o Grande e a reprodução interminável

o Grande andava como um torto na muvuca da festa natural, em plena pipoca de um trio elétrico do segundo dia de carnaval soteropolitano. os trios sempre pareceram ligados num fio reprodutor interminável que se estende parindo tendências de novos fios condutores que se prolongam no além-bahia. nesse rumor reproduzido imbricam manifestações tropicando samba-reggaes e axés, que a sociedade, do/no asfalto, espelha gastando o salto. o Grande sabia de cor as formações, as raízes e os cantos de cada uma das coxas que guiavam aquelas marchas. sabia ler isso e via a possibilidade de com outros grandes encabeçar uma redescoberta das mesmas coisas, uma reprodução do reproduzido por outra leitura, algo que refaça uma nova Bahia, e dela, novos Brasis. E em tudo isso não estaria só a viagem da redescoberta, de retorno a um conjunto efetivo de genealogias, mas algo pra produzir uns novos sujeitos, algo a nos [re]produzir, a nós, de novo e de novo.