quinta-feira, 4 de agosto de 2011

insalubres


em Foucault o ilegalismo da delinqüência é desvelado na minúcia: são tramas necessárias ao poder de esquadrinhá-los, os infames, em redes, organizando o querido e necessário medo do perigo permanente. não são abalos, são engrenagens. a subversão inverte no sistema, o sistema subverte o subversivo nas “casas de correção”: as “casas de passe”, “o inevitável motel”. e não são lapidações, são mastigações. mastigados são devolvidos para o sistema alternativo, integrados no quadro da delinqüência, no desencaixe do jogo maldito dos traficantes, das prostitutas, dos brigadianos, dos pervertidos; abusados. toda mão-de-obra febril convoca medidas de um punho que sufoque o insalubre.