quinta-feira, 11 de outubro de 2007

pouca coisa que vai e vem

buscando de outro modo no mundo
o pouco que falta,
pra encontrar o que
que faz passar a existência
sabendo do que se passou.
se viajam e pouco sabem
ou se vigiam e pouco produzem;
qualquer um dos que diga
que fez ou tratou o suficiente
nem foi muito além na busca
de quem não foi, mas viveu.
viveu qualquer parada do tempo,
qualquer bom momento,
de todos os passos do mundo:
uma cena que congelou
e um acalanto que sobrou.
numa passada memória palito
numa passada vida febria
em que se procurou, procurou, e não achou.
de plano em plano vagam e vão
febris congelados no lugar;
se esbarrando em pensamentos,
se esbaldando em teorias
de todos os cantos do mundo
que lamentam ao ouvir
tudo que ficou só na existência,
que ardeu mas não queimou
estagnado numa existencia tardia,
no fim do canto de algum:
algum verdadeiro bom momento,
de um verdadeiro bom lugar
que nem ousamos imaginar
o fim de um conflito arcaico:
pouca coisa que vai e vem.

Nenhum comentário: